(Mensagem permanente para os aniversários que me restarem)
Se você achar que o sentido de minhas palavras a seguir escritas é de tristeza ou melancolia, você não as terá compreendido em sua inteireza. Estou completando mais um aniversário. No momento em que escrevo este texto, cinquenta e seis anos de vida. Isso se contado cronologicamente a partir de meu nascimento, ocorrido em 05/07/1960.
Já sinto os efeitos do tempo em meu corpo. As rugas passaram a dominar a superfície de meu rosto, os cabelos, não sei como, vão ficando brancos da noite para o dia. Não são todos de uma vez: vêm sorrateiros, mudam de cor e pronto! Outros simplesmente caem, quando eu os penteio... As articulações e a coluna já começam a dar seus primeiros sinais de fadiga. A voz ficou gradativamente mais grave. Já dá até para imitar o Cid Moreira “É fantásticooo!” rsrsrs Meus filhos, nossa, meu Deus, como cresceram rápido!
Daqui pra frente, a vida é ladeira abaixo, no bom sentido. É preparar para desacelerar, descê-la “na banguela”, de freio-de-mão puxado pela metade, esquentar menos com a falta de cordialidade no trânsito, apreciar mais o por do sol, tocar mais violão, cantar mais, fazer mais amigos e distribuir um pouco mais de carinho e compreensão com os que realmente precisam.
Não tenho mais tempo de me tornar um cara rico e, cá pra nós, dinheiro nenhum me faria mais feliz do que sou! A beleza física, ou a noção dela, passa, aos poucos, a ter outro contexto, outra dimensão. A vaidade não é mais um item de primeira necessidade. Para que serviria?
Mas Deus me deu algo que ninguém jamais tirará. Deu-me vida! Deu-me alegria! Envelheci apenas fisicamente. De cabeça sou cada vez mais jovem e atual, se me permitirem um pouco de arrogância. Troquei juventude por experiência. Troquei o fogo do sexo juvenil pelo prazer do amor! Minha vida até aqui foi MA-RA-VI-LHO-SA.
Vejam só - já experimentei e vivi de quase um tudo: infância, juventude, e amadurecimento; estudo, trabalho e férias; desilusões, namoro e amor; família, amigos, esposa e filhos; dificuldades, indiferença, estudo, trabalho, poder, fama, e reconhecimento, tudo isso dentro do meu coeficiente de relatividade!
Sei que poderei morrer sem alcançar algumas coisas, mas quem me conheceu ontem e hoje, sabe que meu saldo é muito positivo! Estou aqui à disposição e sob as ordens Dele.
Se posso ainda fraquejar e trair tudo isso que disse, fiz e segui? Logicamente que sim! Sou humano!
Mas, antagonicamente, luto para me tornar cada vez mais velho. Quer dizer: como um vinho tinto, cada vez melhor! Chegar aos 53, aos 60 aos 80 é e terá sido, ao contrário do que se pode pensar da longevidade, uma grande e prazerosa vitória. Quero sim, ficar bem velhinho! Quero viver muito! De uma forma ou de outra!
Aproveitando o momento, deixo, aqui, duas coisas muito importantes. Um pedido de perdão àqueles a quem eu causei algum mal, fiz sofrer, magoei ou simplesmente decepcionei. Do outro lado, deixo igualmente meu perdão aos que me causaram algum mal. Quero começar meu próximo ano de vida zerado! Beijos no coração de todos!
VOLNEY AMARAL
Se você achar que o sentido de minhas palavras a seguir escritas é de tristeza ou melancolia, você não as terá compreendido em sua inteireza. Estou completando mais um aniversário. No momento em que escrevo este texto, cinquenta e seis anos de vida. Isso se contado cronologicamente a partir de meu nascimento, ocorrido em 05/07/1960.
Já sinto os efeitos do tempo em meu corpo. As rugas passaram a dominar a superfície de meu rosto, os cabelos, não sei como, vão ficando brancos da noite para o dia. Não são todos de uma vez: vêm sorrateiros, mudam de cor e pronto! Outros simplesmente caem, quando eu os penteio... As articulações e a coluna já começam a dar seus primeiros sinais de fadiga. A voz ficou gradativamente mais grave. Já dá até para imitar o Cid Moreira “É fantásticooo!” rsrsrs Meus filhos, nossa, meu Deus, como cresceram rápido!
Daqui pra frente, a vida é ladeira abaixo, no bom sentido. É preparar para desacelerar, descê-la “na banguela”, de freio-de-mão puxado pela metade, esquentar menos com a falta de cordialidade no trânsito, apreciar mais o por do sol, tocar mais violão, cantar mais, fazer mais amigos e distribuir um pouco mais de carinho e compreensão com os que realmente precisam.
Não tenho mais tempo de me tornar um cara rico e, cá pra nós, dinheiro nenhum me faria mais feliz do que sou! A beleza física, ou a noção dela, passa, aos poucos, a ter outro contexto, outra dimensão. A vaidade não é mais um item de primeira necessidade. Para que serviria?
Mas Deus me deu algo que ninguém jamais tirará. Deu-me vida! Deu-me alegria! Envelheci apenas fisicamente. De cabeça sou cada vez mais jovem e atual, se me permitirem um pouco de arrogância. Troquei juventude por experiência. Troquei o fogo do sexo juvenil pelo prazer do amor! Minha vida até aqui foi MA-RA-VI-LHO-SA.
Vejam só - já experimentei e vivi de quase um tudo: infância, juventude, e amadurecimento; estudo, trabalho e férias; desilusões, namoro e amor; família, amigos, esposa e filhos; dificuldades, indiferença, estudo, trabalho, poder, fama, e reconhecimento, tudo isso dentro do meu coeficiente de relatividade!
Sei que poderei morrer sem alcançar algumas coisas, mas quem me conheceu ontem e hoje, sabe que meu saldo é muito positivo! Estou aqui à disposição e sob as ordens Dele.
Se posso ainda fraquejar e trair tudo isso que disse, fiz e segui? Logicamente que sim! Sou humano!
Mas, antagonicamente, luto para me tornar cada vez mais velho. Quer dizer: como um vinho tinto, cada vez melhor! Chegar aos 53, aos 60 aos 80 é e terá sido, ao contrário do que se pode pensar da longevidade, uma grande e prazerosa vitória. Quero sim, ficar bem velhinho! Quero viver muito! De uma forma ou de outra!
Aproveitando o momento, deixo, aqui, duas coisas muito importantes. Um pedido de perdão àqueles a quem eu causei algum mal, fiz sofrer, magoei ou simplesmente decepcionei. Do outro lado, deixo igualmente meu perdão aos que me causaram algum mal. Quero começar meu próximo ano de vida zerado! Beijos no coração de todos!
VOLNEY AMARAL
Simplesmente fantástico
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